sábado, 15 de novembro de 2008

Sua lembrança...personifica sua presença...


Por um momento pensei estar perto...
Silencioso... por trás... para que o sinta se aproximando...
Seu perfume chega... tão suave como uma brisa...
Sinto seu sussurro... como chama meu nome...

Mas... não me viro...
Recordo do seu toque... o calor de sua mão...
Me recosto... como habituo em seu peito...
Onde inspiro seu carinho... sua proteção...

Ainda assim, não me viro...
Solto meus cabelos...
até então aprisionados...pela leve e discontraída leitura...
Madeichas onduladas... que gosta de brincar por entre seus dedos...

Resisto... mas ainda não me viro...
Então fecho meu livro... e admiro o balanço das folhas...
E uma lágrima deslisa em minha face...
esperando que a apare em meu queixo...

pois então... não me viro...
pois a excitação em me virar... não o trará de volta a mim...
Não agora... não hoje...
Ainda não...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

pés molhados... alma livre...


Bem cedo...
a brisa do mar vem me buscar...
Me põe de pé...
me faz perseguí-la pelos corredores...
pelas ruas... estreitas...
molhadas...
Até a orla...

Ainda está amanhecendo...
Sob o horizonte dourado, marco um traço...
um limite entre a onda que me alcança os pés... e a areia ainda molhada...
dura... onde a água salina penetra... se esvai...

Respiro fundo... olho o mar... caminho em paralelo...
Ouço as ondas quebrarem... ouço o mar vindo... e recuando...
Ouço os pássaros famintos... mergulham... e às vezes dão sorte... ou não...

Ergo os braços... espreguiço-me... respiro... inspiro...
purifico... fecho os olhos... e os abro em direção ao horizonte...

Peço permissão e proteção... entro aos poucos...
molho as pernas... sinto o gelado... neutralizando meu corpo que ferve...
molho à atura do quadril... do peito... inspiro... molho os braços...

Então... não há mais som... estou sob a água...
Estou onde o oxigênio e o hidrogênio se misturam... estou... sou...
Sou parte dele... me aquieto... e a minha mente...
Escuto a minha respiração e me lembro de subir a superfície...

Torno a mergulhar... no mar.. em mim...
no silêncio... na imensidão...
Por tantas vezes o silêncio me permitir...
Por tantas vezes a alma pedir... precisar...

Após a batida de tantas ondas... encontro a calmaria...
Plena... como meu corpo exausto pede...
e minha alma se encontra...

de maneira cíclica... como os dias... as fases... a vida...
Torno ao encontro das ondas...
Retorno a terra...
Retorno ao barulho...

Retorno a mim...

domingo, 9 de novembro de 2008

caminhando sob folhas e neblina...


Pacato domingo... me pego olhando a vegetação acompanhando o vento... as folhas caindo...
ahhh, a beleza do mix das estações... fenômeno belíssimo aos meus olhos...
O vento húmido refresca-me as bochechas ainda coradas pelo dia de verão de ontem...

Me levanto da jardineira... e pego uma das folhas...
já amarronzada pelo papel cumprido... veio rodopiando...
como uma bailarina que despenca de uma árvore no outono...

Caminho sobre as folhas... descalça... sinto o estalar... molhando os meus pés...
o cheiro de terra molhada... sigo o caminho traçado por tantos... sob a neblina espessa...
Já não olho mais para trás... intuo o caminho que sigo...

Deixo que aquele frescor entre em mim...
renovando as folhagens... renovando-me...
filha de shiva... me rendo a brahma por alguns momentos...
nem tudo pode ser sentido... vivido sob transformações...
Ahhh, o equilíbrio das gotas de orvalho que se fazem nas copas das árvores...
sobre mim... balançadas pelo vento... me banhando sob água translúcida...

O contraste rúbio da ponta dos dedos... do nariz e das maçãs do rosto...
quando encontra o pálido do resto da face... das mãos... dos pés...
As roupas encharcadas... de vida... de ar... de esperanças...

Saudades de quando não refletia... não ponderava...
Sede de tudo o que se tem por concreto... por correto...
Ahhhh... saciedade de amor... saciedade de sonhos...

Tomo em minhas mãos a chave do nosso secret garden...
pensando... sentindo o teu toque com a outra...
únicas... apenas duas...

até logo... meu amor...
até...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

como nos braços de um anjo...

Se resolveres racionalizar o amor que sentimos...

Não pode culpar-me por amar-te...

se até anjos caem em busca da paixões humanas...

onde haveria absurdo em buscar a perfeição em seus braços...

quando meu sono é tranquilo...

meu sorriso espontâneo...

e minhas saudades o presságio do próximo beijo....

sábado, 11 de outubro de 2008

ao som de "por una cabeza"... na sua ausência...


Passos ordenados... ele a pega pela cintura... como se detesse sua alma...
Ela... rígida... o nó com os cabelos se desfaz... seus negros e sedosos fios descem pelos seus lábios...

Ele a toca por entre os dedos, a retorce o corpo a quase lhe roubar um beijo...

O vermelho da sua roupa chora o sangue velado pelo preto do traje que a acompanha... como ver a sensualidade no tango sem lembrar da tristeza que lhe deu vida...
Não... não é isso que eu vejo...

por um momento... enebriada pelas taças do vinho tinto... o predileto de meu amante...
encontro a saudade no traje preto... e a paixão que me consome no vermelho... encorpado...
Relembro teu toque... tua face... teu beijo... ahhh

Como uma dança perfeita quando me entrego... o violino é como meu sorriso rasgado...
as notas do piano... as batidas do coração acelerado... pulsa desejo...

deito em teu braço, como o vinho que deixo derramar em meus dedos...
a taça encorpa... deturpa... corro a teus braços que me pegam no ar... como se fossemos um...

e novamente me afasta, ereto no compasso marcado das notas...
com seus dedos me toca... como a rosa aveludada na dançarina...

me toma...me contorce... me atira no ar... e retoma...
o piano se cala...
o violino permanece estático...
as palmas merecidas são como punhais... que ferem a lembrança que permanecem a sua ausência

só...deixo o salão...
e uma última nota é sentida ao toque de uma lágrima

domingo, 6 de julho de 2008

lugar perfeito... na música, as palavras perfeitas...


Mon manège à moi

Tu me fais tourner la tête
Mon manège à moi, c'est toi
Je suis touj'ours à la fête
Quand tu me tiens dans tes bras
J'e ferais le tour du monde
Ça ne tournerait pas plus que ça
La terre n'est pas assez ronde pour m'étourdir autan't que tói...

Ah! Ce qu'on est bien tous les deux
Quand on est ensemble nous deux
Quelle vie on a tous les deux
Quand on s'aime comme nous deux
On pourrait changer de planète
Tant que j'ai mon cœur près du tien

J'entends les flons-flons de la fête
Et la terre n'y est pour rien
Ah oui! Parlons-en de la terre
Pour qui elle se prend la terre?
Ma parole, y a qu'elle sur terre!!
Y a qu'elle pour faire tant de mystères!
Mais pour nous y a pas d'problèmes
Car c'est pour la vie qu'on s'aime
Et si y ava' it pas de vie, même,
Nous on s'aimerait quand même

Car...
Tu me fais tourner la tête
Mon manège à mói, c'est tòi
Je suis toujours à la fête
Quand tu me tiens dans tes bras
Je ferais le tour du monde
Ça ne tournerait pas plus que ça
La terre n'est pas assez ronde...
Mon manège à moi, c'est toi!

hoje a tarde... pensando em você...




Uma praça...
um chafariz... vários bancos com todo o tipo de pessoas...
de crianças que correm pelas minhas pernas, com bocas borradas de sorvete com tons de chocolate e baunilha... a casais que aproveitam um dia agradável de inverno seco com sol...
senhores refletem sobre suas vivências... se reconhecendo a cada uma das gerações que lhes passam a vista...

Elejo um dos bancos, parece um ótimo lugar... na outra ponta uma senhora de sorriso simpático me pergunta as horas... me sinto em tempos diferentes ao meu.

Ah, essa brisa gostosa... regada as gotas dágua que o chafariz espalha, refrescando a todos.

Então imagino uma tarde com esse mesmo sol de inverno, porém, chuvosa... neste mesmo parque... onde muitos correm fugindo da chuva, e penso que ali só você me pararia... ah... como Gene Kelly, dançaríamos na chuva... embebedados de amor...

Ah... mas... a tarde hoje é ensolarada... então... um pique-nique, porque não?!... nem precisaríamos de toalha xadrez ou uma cesta... Este banco não tem sobra... mas sob aquela árvore... uma sombra perfeita para dois apaixonados... traria-te uma fruta, terias que descobrir o sabor... em meus lábios...
Uma agradável tarde...

Enfim, meus finitos minutos me fazem voltar a realidade e a me despedir da senhora que me fez imaginar tempos que ainda não vivi... mas que viverei em meu tempo... em nosso tempo.

O sol me acompanha... e a praça... ela nunca sairá de lá... ela nos aguarda... guarda nossos minutos... nossas horas...

terça-feira, 1 de julho de 2008




O que será...
acordar e buscar alguém no travesseiro ao lado...

buscar no reflexo de um lago... outros olhos...

pegar o copo, e buscar outro a mesa...

sentir-se capaz de dançar uma noite inteira a mesma música... na melodia das batidas do coração de outra pessoa....

Será...
ouvir a letra desta música... e acreditar...

Lady
(Kenny Rogers)

Lady! I’m your knight in shining armor and I love you!
You have made me what I am and I am yours.
My love! There’s so many ways I want to say, “I love you.”
Let me hold you in my arms forever more.
You have gone and made me such a fool.
I ‘m so lost in your love.
And oh, we belong together.
Won’t you believe in my song?
Lady! For so many years, I thought I’d never find you.
You have come into my life and made me whole.
Forever let me wake to see you each and every morning
Let me hear you whisper softly in my ear.
In my eyes, I see no one else but you.
There's no other love like our love
And yes, oh yes I’ll always want you near me.
I’ve waited for you for so long.Lady!
Your love’s the only love I need.
Beside me is where I want you to be.
Cause my love there’s something I want you to know.
You’re the love of my life. You’re my lady!

Ai... ai...

será...
...real?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

máscaras




Hummm... o aroma do café...

Em especial nesta cafeteria... fito o olhar a minha volta... procurando algo que falta para acompanhar esse café... cheiroso...

Peço uma fatia de torta ao rapaz simpático... uma torta de chocolate... chocolate preto com chocolate branco... um duo perfeito... não muito doce, perfeito... o doce... hummm, novamente olho a minha volta...

Olho as pessoas passarem lá fora... andando na mesma velocidade que eu andava... até entrar aqui... até me entregar a esse singelo prazer.... hoje... o que me distrai...

Então sinto a borda do café... encorpada... humideço meus lábios...

E então levanto para pagar 1 café... 1 pedaço de bolo...

Sim...sinto sua falta... sim,
quando está aqui... não fito a minha volta... porque é sempre em seus olhos que encontro o que procuro...
hummm... seu cheiro... que a leve brisa, ou o simples frescor do ventilador... que gira sutilmente, sem incomodar... ou do ar-condicionado...sim, estamos no Rio de Janeiro...
O doce nas suas palavras...
O prazer no seu toque em minhas mãos... nos seus dedos ao percorrer minha face...

Ah... nos seus lábios... no seu corpo... os detalhes que omito a este breve pensamento...
Saudade louca... que me faz enlouquecer...
a te procurar nas brechas do preto e branco que colore o dia-a-dia sem você...
catando o o azul... o verde... o azul... o amarelo... ahhh, o vermelho...
rubro
intenso... nem as rosas guarda para mim tamanha intensidade...

Então retoco o batom... pago a conta... e pego meus óculos escuros... tão escuros que disfarçarão meus olhos... que não escondem sua falta...

Embora meu salto, meus cabelos soltos... e meu batom passem outra idéia... máscaras... máscaras... máscaras...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

doce sina...


Por um momento queria que estivesses aqui...

Busco no infinito seu sorriso...
Nas estrelas... o brilho dos seus olhos...

na ponta da caneta tento traduzir-lhe meus sentimentos... minhas saudades... meus anseios... meus desejos...

Sinto a vibração da sua respiração enquanto passo meus dedos na superfície de um lago límpido... no seu reflexo... vejo o sorriso que lhe guardo com a esperança de lhe rever...

Sentada em minha janela... deixo a brisa na noite me trazer seus sussurros... e levar-te os meus... mudos para o mundo... inquietos para nossas almas...

Corações aflitos pela distância... e amantes pela perfeição dos deuses... que asseguram o calor deste sentimento... que de tamanho, parece sufocar... e de beleza... se sustenta a desafiar o tempo...

O tempo de quem ama parece eternizar as lembranças dos olhares... das juras... a sacrificar com dor os momentos em que a visão lhes parece solitária...

Desafiando a razão... nutrimos este belo sentimento... que se torna mais forte... até um próximo casual encontro... arquitetado por moira... que tudo sabe e vê... que dela ninguém escapa... e que nos detém a esta sina...
doce sina...

(imagem de Julieta... que clama seu amor ao pensando que seu Romeu não a escutaria... quando na realidade ele está no jardim, escutando-a - filme de Zeffirelli; Romeu e Julieta)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

jardim secreto


Pela manhã... enquanto todos dormem... e meu corpo ainda descansa,
caminho pelo bosque que me leva a uma porta... já tomada pelo musgo realçado pelas gotas de orvalho da noite fria... e com uma das duas chaves... abro e sinto o frescor do jardim,
Do jardim secreto...

O perfume das flores que a tanto plantei... rosas, lilás, amarelas... até as azuis, que ficam ao lando do balanço... uma tábua de madeira pendurada por duas cordas... como podem resistir por tanto tempo... e sento ali...
me aconchego...
fecho os meus olhos enquanto a leve brisa me faz pensar...
um sorriso, discreto ainda... mas feliz, realça...
O frescor das flores e das plantas... parece banhar a minha face...

abro meus olhos em meio aos primeiros raios que iluminam aquele pequeno jardim...
os ninhos começam a estalar... os bebês já estão com fome...
então me levanto... e vou procurar as daninhas...
todos os dias, as separo das minhas lindas flores...
o riacho refresca e dá de beber aos pequenos...

refúgio que guarda em suas paredes mais que beleza...
sonhos... suspiros... e a esperança de ser aberto pelas duas chaves...
de ouvir ranger o velho metal... que não por mim...
no jardim onde não há máscaras... onde sonhamos como crianças...
onde sentimos como adolescentes... e enamoramos como adultos...

Então... após cumpridas e refeitas novas promessas...
cuidado das plantas... do riacho... dos pequenos que dão vida àquele lugar...
me retiro... trancando novamente o meu jardim primaveril...
voltando pelo bosque de folhas de outono...

guardo a minha chave em meu peito... e volto para a minha cama... sonhando... sonhando...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ar puro do campo...


Pairo pela janela... em meio as cortinas que se deixam levar pelo vento... como um pássaro acuado... buscando pelos primeiros raios do dia...
Miro o horizonte como a esperar a próxima tempestade... a tormenta que desorienta meu leme...

O reflexo do lago desfigura o meu rosto... confunde minha vista... os peixes comem meus pedaços... e as algas os reconstroem...

O sabor... palpável... como o cheiro do bolo de laranja da fazenda pela manhã me acorda... um convite ao café que embrulha meu estômago ao lembrar de seu sabor...

Este pássaro não precisa mais de grades, sua prisão é interna... porém consolável a um suave flerte... sorrisos modestos orientam o seu leme... fazem ventar as velas...

Apenas não feche a janela... a tormenta passará... e o lago voltará... plácido... guardará o reflexo que te encanta... e essa imagem poderá guardar... àquela menina do campo...

terça-feira, 15 de abril de 2008

No amor um + um é = a um... ou a dois...




Passamos a infância sendo doutrinados sob a ditadura do príncipe encantado e da bela adormecida... já na adolescência, em meio as espinhas... descobrimos q o amor não é exatamente assim... mas como Romeu e Julieta... onde tem sempre algo que nos impede de estar juntos...

entre encontros e desencontros... em meio a estórias e histórias... pessoas vem e vão nas nossas vidas... o beijo roubado... o beijo depois do etílico... o beijo no meio da tarde... o beijo ao acordar...

até que descobrimos que nem todos os beijos são iguais... que nem todos os toques nos arrepiam daquele jeito...
encotramos um príncipe sem cavalo... ou um simples mortal que nos faz querer sorrir... nos faz rir enquanto penteamos o cabelo ao relembrar... diante do espelho...
Nos traz uma lição de persistência... busca... com ou sem ele...
No amor, um mais um... é igual a um...
Quando a matemática é exata... o coração se leva pela razão... e estamos distantes.. de novo somos 2...

E aquele amor é tão puro... que você não nutre raiva ou ódio... nutre apenas lembranças, revivendo-as todos os dias para que não se apaguem... como a onda que levou nossos nomes da areia... como aqueles dois cubos de gelos que ecoavam na minha mente enquanto tentava te esquecer...

Não podemos esquecer do que ainda nos move... ficamos vazios... sem rumo... com a alma doente... sem cor...

Então nos agarramos a um fio... a um sorriso... e não queremos encontrar as pessoas que um dia riram conosco... porque não estarão mais rindo conosco... porque embora estejamos sorrindo para elas... perguntarão se estamos bem... e não queremos responder...

Me atenho as músicas que parecem falar melhor do que o que sai da minha boca... que só quer se calar... por um momento...
O meu mundo paralisou como a primeira gota de chuva que molhou o chão... como quando a primeira lágrima... porque amamos então?... é a roda da vida que nos ilude no alto e nos massacra embaixo... nunca desejei estar no alto, porque não posso renunciar estar embaixo... meus ossos estalam e minha mente se contorce... durmo e acordo no mesmo sonho... e a realidade mostra o como o sonho era bom... ele me faz voltar no tempo... me faz rir... me faz amar...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

por uma noite... enquanto fechava os olhos... em um balanço sutil... um beijo...


Wonderful Tonight (tradução)
Eric Clapton

Noite Maravilhosa
É tarde da noite
Ela está imaginando que roupas vestir
Ela pôe a sua maquiagem
E escova seu cabelo longo e loiro

E então ela me pergunta, \"Eu pareço bem\"?
E eu digo sim, você está maravilhosa esta noite

Nós vamos para uma festa
E todo o mundo se vira para ver
Esta dama bonita
Caminhando por toda parte comigo

E então ela me pergunta, \"Você se sente bem\"?
E eu digo sim, eu me sinto maravilhoso esta noite

Eu me sinto maravilhoso porque eu vejo a luz do amor no seu olhar
E a maravilha disso tudo é que só você não percebe o quanto amo você

É hora de ir para casa agora
E eu tenho uma dor de cabeça
Então eu lhe dou as chaves do carro
E ela me ajuda ir para cama

E então eu falo para ela
Enquanto eu apago a luz
Eu digo minha querida, você estava maravilhosa esta noite
Oh, minha querida, você estava maravilhosa esta noite"...

sexta-feira, 21 de março de 2008

Semana santa...




Páscoa...
Momento de renovação
Quaresma...
40 dias de purificação
Carnaval...
carne... pecado... orgia de sentimentos e energias imperfeitas... mundanas

Um ciclo vicioso... pseudo pecado... pseudo perdão

O certo é o sacrifício após o pecado... ou não haver pecado para não haver sacrifício...

Invenções de homens que se dizem porta-vozes de Deus, mas que nunca viram ou sentiram na realidade... a cólera do poder... a ilusão do povo que teme o que não pode explicar. A covardia do povo que elege um mestre para ditá-lo santo... conhecedor dos mistérios da vida (não o confunda com o Mestre)...

Não acredito na purificação que olha com saudades para trás, pronto a repetir o erro... Não acredito em ciclos viciosos... Opto por viver sem culpa... a culpa é para os fracos.
Não me apontem... porque não perderei tempo lhes apontando...
Suas pedras de lama nunca me alcançarão... mas lhes farão suar o rosto... o coração e o ventre.

Pulo essas ditas crenças, feriados de um país que se diz constitucionalmente laico... mas que oprime e escravisa seu povo por meio de suas crenças... sua genuína fé...

Não acredito no que dizes... não sigo o seu "código" social... Uso havainas, uso salto agulha... meus cabelos amanhecem despenteados... e eu os penteio não para doutriná-los... mas para torná-los atrantes ao que me convém, ao que lhe agrada... mas não porque me impõem, mas porque acho racional...

Racionalize... sinta... viva... VocÊ....

Renove-se na páscoa, e conjugue um verbo superior... evoluir!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Bom dia...




Hrrrummm,
esse é o primeiro som da manhã... sob o despreguiçar... sob os primeiros e imperdoáveis raios de sol...
um momento quase que automático que esconde o encanto da manhã... o som do choveiro... o cheiro do orvalho que humidece a sacada... o tilintar da colher na xícara... das goladas no suco... a acidez da laranja...

ahhh, e as cores... parecem ainda tão suaves.
a voz ainda rouca, os olhos ainda inchadas... e os cabelos que remetem ao épico... medéia... nossa!

Bom dia escova de dente, bom dia espelho...
Não posso esquecer da bolsa... das chaves... será que carreguei o celular?!... é bom levar o carregador...

A deliciosa básica rotina... pés dos nossos dias... o atraso que atrasa todo o dia, o adianto que alivia todo o dia... a deliciosa lógica que ignoramos e penamos em mantê-la...

A rotina preexiste...é inevitável... inclusive para mim,,,

sexta-feira, 14 de março de 2008

Dias de outono...



Curioso nomear este tópico como "dias de outono"...


Nunca acreditei que as estações fossem apenas convenções feitas através das cores das folhagens e da forma que o vento assopra... desde criança percebi que as pessoas eram como estações, radiantes no verão, pálidas no inverno... reflexivas no outono e leves na primavera...


Hoje estou em um dia de outono...
Viajando na forma sinuosa da caneca de café... sentindo o aroma na sutil fumaça... ainda está quente...
suspirando... respirando...
A caneta, sismando em prender minha mão no papel... como se economizasse as letras... as palavras não são as certas; quais seriam as certas?!

Os três pontinhos parecem poder falar melhor do que eu...

Hoje o dia está nublado... mas tbm não queria que fizesse sol....
estou quieta... enroscada em um cobertor... fingindo ler um romance policial...

sexta com cara de domingo...
urbano com cara de campo...
a chuva fina que desanima...
... o silêncio, vazio, invade a minha mente...

Diário

Não é orkut... não é e-mail... e definitivamente, não é um caderno...
start now...