terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

As borboletas e as bitches


Pedindo licença a, para mim, épica banda U2, me dei ao luxo de, após ouvir a música "With or without you" na versão criada para a turnê 360°, em 2009, pegar ouvir a mesma música gravada na turnê Rattle and Hum, em 1988...

Com todo cuidado para não magoar meu amado príncipe Bono... o que aconteceu?????


Me apaixonei pelo Bono na primeira vez que ouvi essa música na versão dos anos 80, embora o ano já contasse as vésperas do novo milênio... 
E, hoje, já no novo milênio, cadê aquela paixão?

Foi quando me dei conta de que tal "fenômeno" não se restringiu às bandas, que uns chamam, com certo deboche e em tom de cafonice de "love metal".

Hoje, o amor não aparece desencontrado na melodia das músicas, mas abandonado, ignorado, desacreditado...

A mulher sonhada tornou-se a "bitch", que tem que ser menosprezada para ser usada e descartada pelo "guy"... o homem, o "cara" errado que, no erro, atrai mulheres para seu harém, claro, desde que sejam verdadeiras "bitches"...

A grande mulher é aquela que, de "bitch", sofreu com um "guy" e se tornou pior que ele... atraindo "guys" para seu harém, para serem menosprezados, usados e descartados...

Por sorte... vemos alguns, como Bruno Mars, John Mayer.. que trazem, em verdadeiro resgate, um tom de bom moço a busca da boa moça... mas que, para emplacar, ainda com dificuldade, justificam sua poesia com melodias dos anos 80... "me entendam, sou um amor das antigas"...


Diante da desenfreada busca pela praticidade da vida, pelo "sucesso" dos likes, passamos a artificialidade da vida, das relações... o profundo tornou-se raso... até porque, aquilo que é raso passa, não magoa... não se pode se sentir só, quando todos sozinhos, nunca estiveram mais sozinhos...


O amor tornou-se artificial, vendável, trocável, substituível...

O coração padeceu... morreu...

O antiácido matou as borboletas que tentaram lhe fazer cócegas no estômago...


Me desculpem... mas, salve as VHS que estão sendo "remasterizadas"... nasci com o coração batendo nos anos 80... queria ter podido congelá-lo lá juntos com minhas borboletas...

... e, com a voz do Bono...

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Bom dia!!!


Abro os olhos e lá está ele... seus lindos olhos cor de mel me fitando com um certo desejo contido... afinal, não tão contido assim...

Ele chega de mansinho... me cutucando de leve... mas, seu apetite parece voraz está manhã...

Sim, solteira aos 33 anos...
... e, sim, eu tenho um gato!

Não desses gatos sarados, ou não tão sarados... é um gatão mesmo, com quatro patinhas. Ele está com fome, e eu inconformada por ter acordado sozinha às 6h04 de um domingo.

Na verdade, não sei se estou inconformada por que acordar às 6h04 de domingo significa que nada fiz na data de ontem e na de anteontem ou, porque, antes do café, minha primeira reação foi ligar a TV e sentar para assistir sex in the city. 

Sinceramente, adoro esse seriado, mulheres independentes, umas que casam outras que não casam, mas me identifico com a proposta de tentar nos apresentar estereótipos de mulheres que o que decidiram que assumir suas vidas imperfeitas era a forma mais promissora de serem feliz.


Rótulo a partes,
Sim, solteira aos 33 anos...
... e, sim, eu tenho um gato!

Depois de passar o último ano afirmando, erroneamente, que tinha 33 anos, quando, eu juro, só os completei há duas semanas, parece que me perdi no tempo, que este ano está sendo revivido. 

Ontem me peguei pensando nisso enquanto tentava me concentrar para uma despretensiosa e informal meditação... está certo que a meditação foi para o brejo, mas, resolvi me comprometer sem compromisso... ou vive versa: decidi me dar férias pelos próximos 344, afinal, eu tenho um ano de crédito.

Não falo das férias na vida, meio que típicas nos 30 anos, até porque não tenho como parar de trabalhar e, desde que assumi minha nova vertente “concurseira”, não é hora de extravagancias “a la” Monique, assumidamente aquariana.

Bem... férias ou não, preciso do meu balde de café. Sim, atipicamente, abri meu computador antes mesmo de inebriar-me com o melhor aroma do mundo... guarda um segredo que não é segredo? Só acordo depois de um cheiro e um sagrado gole no meu café matinal. 

Afinal de contas,

Sim, solteira aos 33 anos...
... e, sim, eu tenho um gato!



 

Depois de longos 3 anos, voltei!!!!!