quinta-feira, 19 de junho de 2008

máscaras




Hummm... o aroma do café...

Em especial nesta cafeteria... fito o olhar a minha volta... procurando algo que falta para acompanhar esse café... cheiroso...

Peço uma fatia de torta ao rapaz simpático... uma torta de chocolate... chocolate preto com chocolate branco... um duo perfeito... não muito doce, perfeito... o doce... hummm, novamente olho a minha volta...

Olho as pessoas passarem lá fora... andando na mesma velocidade que eu andava... até entrar aqui... até me entregar a esse singelo prazer.... hoje... o que me distrai...

Então sinto a borda do café... encorpada... humideço meus lábios...

E então levanto para pagar 1 café... 1 pedaço de bolo...

Sim...sinto sua falta... sim,
quando está aqui... não fito a minha volta... porque é sempre em seus olhos que encontro o que procuro...
hummm... seu cheiro... que a leve brisa, ou o simples frescor do ventilador... que gira sutilmente, sem incomodar... ou do ar-condicionado...sim, estamos no Rio de Janeiro...
O doce nas suas palavras...
O prazer no seu toque em minhas mãos... nos seus dedos ao percorrer minha face...

Ah... nos seus lábios... no seu corpo... os detalhes que omito a este breve pensamento...
Saudade louca... que me faz enlouquecer...
a te procurar nas brechas do preto e branco que colore o dia-a-dia sem você...
catando o o azul... o verde... o azul... o amarelo... ahhh, o vermelho...
rubro
intenso... nem as rosas guarda para mim tamanha intensidade...

Então retoco o batom... pago a conta... e pego meus óculos escuros... tão escuros que disfarçarão meus olhos... que não escondem sua falta...

Embora meu salto, meus cabelos soltos... e meu batom passem outra idéia... máscaras... máscaras... máscaras...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

doce sina...


Por um momento queria que estivesses aqui...

Busco no infinito seu sorriso...
Nas estrelas... o brilho dos seus olhos...

na ponta da caneta tento traduzir-lhe meus sentimentos... minhas saudades... meus anseios... meus desejos...

Sinto a vibração da sua respiração enquanto passo meus dedos na superfície de um lago límpido... no seu reflexo... vejo o sorriso que lhe guardo com a esperança de lhe rever...

Sentada em minha janela... deixo a brisa na noite me trazer seus sussurros... e levar-te os meus... mudos para o mundo... inquietos para nossas almas...

Corações aflitos pela distância... e amantes pela perfeição dos deuses... que asseguram o calor deste sentimento... que de tamanho, parece sufocar... e de beleza... se sustenta a desafiar o tempo...

O tempo de quem ama parece eternizar as lembranças dos olhares... das juras... a sacrificar com dor os momentos em que a visão lhes parece solitária...

Desafiando a razão... nutrimos este belo sentimento... que se torna mais forte... até um próximo casual encontro... arquitetado por moira... que tudo sabe e vê... que dela ninguém escapa... e que nos detém a esta sina...
doce sina...

(imagem de Julieta... que clama seu amor ao pensando que seu Romeu não a escutaria... quando na realidade ele está no jardim, escutando-a - filme de Zeffirelli; Romeu e Julieta)