segunda-feira, 9 de junho de 2008

doce sina...


Por um momento queria que estivesses aqui...

Busco no infinito seu sorriso...
Nas estrelas... o brilho dos seus olhos...

na ponta da caneta tento traduzir-lhe meus sentimentos... minhas saudades... meus anseios... meus desejos...

Sinto a vibração da sua respiração enquanto passo meus dedos na superfície de um lago límpido... no seu reflexo... vejo o sorriso que lhe guardo com a esperança de lhe rever...

Sentada em minha janela... deixo a brisa na noite me trazer seus sussurros... e levar-te os meus... mudos para o mundo... inquietos para nossas almas...

Corações aflitos pela distância... e amantes pela perfeição dos deuses... que asseguram o calor deste sentimento... que de tamanho, parece sufocar... e de beleza... se sustenta a desafiar o tempo...

O tempo de quem ama parece eternizar as lembranças dos olhares... das juras... a sacrificar com dor os momentos em que a visão lhes parece solitária...

Desafiando a razão... nutrimos este belo sentimento... que se torna mais forte... até um próximo casual encontro... arquitetado por moira... que tudo sabe e vê... que dela ninguém escapa... e que nos detém a esta sina...
doce sina...

(imagem de Julieta... que clama seu amor ao pensando que seu Romeu não a escutaria... quando na realidade ele está no jardim, escutando-a - filme de Zeffirelli; Romeu e Julieta)

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