quarta-feira, 3 de junho de 2009


Suave...
Na cesta do almoço, vejo uma pena voando... dançando ao vento...
O pássaro caído, ainda assustado, sente seu encontro ao vidro...
O barulho que me despertou a atenção... para não dizer o susto que me desviou a concentração...

Tão imponente...
A majestosa postura do sabiá negro me fez atentar ao cuidado ao chegar perto
Enquanto me aproximava, apenas abriu o bico... está vivo!
Com um pano acolhedor chego junto ao seu pequeno corpo...

Fragilizado...
Ainda reage, se defende...
E percebe que, sem escolhas, só o resta aceitar que me aproxime
O trago junto a mim... ainda arredio, pia, reclama o inevitável machucado

Mas o carinho...
Parece reconhecido às boas intenções
O afago, o esquento...
E então se acomoda...

Suave...
Para que logo, reconquiste a liberdade...
A liberdade majestosa de quem tem asas...
De quem tem força imponente... de quem não teme... vive!