sexta-feira, 18 de abril de 2008

ar puro do campo...


Pairo pela janela... em meio as cortinas que se deixam levar pelo vento... como um pássaro acuado... buscando pelos primeiros raios do dia...
Miro o horizonte como a esperar a próxima tempestade... a tormenta que desorienta meu leme...

O reflexo do lago desfigura o meu rosto... confunde minha vista... os peixes comem meus pedaços... e as algas os reconstroem...

O sabor... palpável... como o cheiro do bolo de laranja da fazenda pela manhã me acorda... um convite ao café que embrulha meu estômago ao lembrar de seu sabor...

Este pássaro não precisa mais de grades, sua prisão é interna... porém consolável a um suave flerte... sorrisos modestos orientam o seu leme... fazem ventar as velas...

Apenas não feche a janela... a tormenta passará... e o lago voltará... plácido... guardará o reflexo que te encanta... e essa imagem poderá guardar... àquela menina do campo...

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