domingo, 8 de março de 2009

Vendo-te... enquanto me cega...




... a seda pura escorra pelos meus dedos, enquanto brinco de cegá-lo...
Olhos felinos disfarçados em um sorriso tímido... revelado em um beijo...
Não muito longo... não muito curto... com gosto... de querer mais... e mais...

Dedos que delineiam meu rosto... e ressaltam a beleza de um simples toque...
Arrepiam-me a pele... enquanto brinco... e me delicio em lábios macios
Perdendo-me... reagindo sem sucesso... de seus encantadores beijos doces...

Como pode... mesmo cego... venda que me trai...
Torneia meus braços... doma meu jeito... meu ar
Suspiros... encantados... sufocados... o desejo sem rédeas...

E quando não mais posso sair... fugir de seus braços... seu véu...
Toma meu fôlego...
E enquanto abro os olhos... se vai...

Para que continue desejando-te...
Como o arrepio na brisa fresca do outono...
Como o brilho do sol na gota do orvalho pela manhã...
Como o cheiro do campo depois da chuva vespertina...
Como o doce mel... a maçã suculenta...
Como o seu perfume quando se aproxima... surpeendendo-me...

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